Fauna

Sua fauna é bastante diversificada, com algumas espécies típicas da Caatinga e outras mais ligadas à Mata Atlântica. Podemos encontrar desde pequenos invertebrados e vertebrados de médio porte, além de espécies endêmicas, que só existem em determinada área ou região, raras e muitas delas, regionalmente, ameaçadas de extinção.


MAMÍFEROS
Conta com, pelo menos, 18 espécies. Dentre as mais comuns, encontram-se a Raposa-do-mato (Cerdocyon thous), o Sagui ou Soim (Callithrix jacchus ), que geralmente vive em grupos, e o Timbú (Didelphis albiventris), um marsupial comum em áreas urbanizadas.

Algumas espécies exóticas de mamíferos, como o cachorro e o gato domésticos, podem causar danos à fauna nativa local, pois podem transmitir doenças ou predar aves e pequenos répteis e mamíferos, sendo uma das maiores ameaças à biodiversidade da área.


AVES
No Parque foram registradas cerca de 65 espécies de aves, como o Bem-te-vi (Pitangus sulphuratus), o Sabiá-do- campo (Mimus saturninus), o Anum-preto (Crotophaga ani), a Curruíra (Troglodytes musculus) e a Maria-já-é-dia (Elaenia flavogaster).

Na área são encontradas espécies endêmicas da Mata Atlântica, como o Chorozinho-de-papo-preto (Herpsilochmus pectoralis), e da Caatinga, como o Chorozinho-da-caatinga (Herpsilochmus sellowi), a Aratinga (Aratinga cactorum) e o Galo-de-campina (Paroaria dominicana).

Dentre os registros mais recentes de aves para o Parque, está o da Jacupemba (Penelope superciliaris alagoensis), espécie criticamente ameaçada de extinção. O registro foi realizado pela guarda ambiental do Parque, e está disponível em wikiaves.


RÉPTEIS E ANFÍBIOS
Foram registradas, até o momento, 31 espécies da herpetofauna, sendo 28 de répteis e três de anfíbios. Dentre os répteis, temos 12 espécies de lagartos, duas de anfisbênias e 14 de serpentes.

Dentre os lagartos mais comuns foram detectados a Lagartixa-de-muro (Tropidurus hispidus), a Briba ou Osga (Hemidactylus mabouia), o Calanguinho (Ameivula ocellifera) e a Iguana ou Camaleão (Iguana iguana).

Já as serpentes mais encontradas na área são a Jibóia (Boa constrictor), a Salamanta (Epicrates cenchria), a Corre- campo (Philodryas nattereri) e a Falsa coral (Oxyrhopus trigeminus), todas consideradas não-venenosas ou não- peçonhentas. Somente a Coral verdadeira (Micrurus ibiboboca) representa algum risco, pois possui uma peçonha muito potente, embora sejam raros os casos de acidentes com este gênero de serpente.

Dentre as anfisbênias, mais conhecidas como “Cobras-de-duas-cabeças”, que são répteis fossoriais (que vivem geralmente em túneis sob o solo), não peçonhentas e mais aparentadas aos lagartos, as mais comuns são a Amphisbaena vermicularis e a Amphisbaena alba.

Já entre os anfíbios, ressaltam-se o Sapo-cururu (Rhinella jimi) e a Perereca raspa-coco (Scinax x-signatus).

O Lagartinho-de-folhiço (Coleodactylus natalensis) é endêmico da Mata Atlântica potiguar e encontra-se ameaçado de extinção. Há ainda o registro de uma pequena anfisbênia (Amphisbaena heathi), endêmica do RN e quase ameaçada de extinção.


INVERTEBRADOS
Foram registrados 70 grupos de invertebrados no Parque, sendo os mais comuns os Embuás ou piolhos-de-cobra Polydesmida sp. e Spirobolida sp.; as Mariposas das famílias Noctuidae e Sphingidae, geralmente atraídas pelas luzes das áreas de uso antrópico do Parque; os gêneros de cupins Nasutitermes sp. e Heterotermes sp.; a formiga Tocandira (Dinoponera quadriceps), que mede cerca de 3 cm de comprimento; algumas baratas do grupo Blattaria, muito encontradas em acúmulos de matéria orgânica ou dentro de troncos em decomposição; uma espécie de vespa conhecida como Arapuá, do gênero Trigona sp.; a Aranha-de-jardim (Argiope argentata) e a aranha Caranguejeira (Lasiodora parahybana), espécies grandes e muito vistosas de aranhas.

O Escorpião-de-bromélia (Tityus neglectus) e a Caranguejeira-de-bromélia (Pachystopelma rufonigrum) são espécies que podem estar regionalmente ameaçadas de extinção, pois habitam somente o interior de bromélias-tanque que sofrem diversos tipos de destruição e extrativismo.